“Pequeno-Almoço” A Refeição mais importante do dia, esta afirmação já deve ser por todos conhecida e a certa altura, já dita algures na nossa vida.
Mas de facto é verdade?
Na realidade, o pequeno-almoço, é sem dúvida alguma, uma refeição importante, podesignificar que a pessoa acordou cedo, ou até que seja uma refeição de eleição para muitas das pessoas, que dizem que só começam a funcionar depois desta refeição ingerida. No entanto, há quem diga o contrário, que acorda sem fome nenhuma, e nos minutos ou até horas seguintes, não conseguem ingerir nada.
Mas, quem está correto?
Bem, a resposta é “estão os dois corretos”, pois, a boa das verdades, é que o mais importante é o total ingerido durante todo o dia. Se a pessoa que não consegue comer nada de manhã, almoça sopa, com carnes magras, uma fonte de hidratos de carbono, como o arroz, um bom prato de hortícolas e uma fruta de sobremesa, esta pessoa está num caminho certo, no que diz respeito à alimentação com vista na otimização da saúde.
Alguns estudos, sugerem que quem salta o pequeno-almoço, também possui um maior perímetro da cintura, excesso de peso e um elevado risco cardiovascular, o que não significa que o saltar a refeição seja o “problema”, mas sim, que indivíduos que saltam o pequeno-almoço, também são indivíduos que ingerem mais álcool, fumam, têm uma pior qualidade de sono e não praticam exercício.
Em suma, o pequeno-almoço é sim uma importante refeição se for bem aceite por parte de quem a ingere, e se estiver alinhada a uma boa estrutura alimentar diária, de forma a otimizar a saúde, o pequeno-almoço é sem dúvida uma refeição bem-vinda.
No caso de alguém não conseguir fazer esta refeição, não é nada de grave, desde que o resto do dia que pode eventualmente começar num lanche da manhã e estender-se até à ceia, esteja do mesmo modo bem delineado, optando sempre por uma maior ingestão de hortícolas, frutas e cereais integrais.
Rui Jorge Lopes
Cahill LE, Chiuve SE, Mekary RA, Jensen MK, Flint AJ, Hu FB, et al. Prospective study of breakfast eating and incident coronary heart disease in a cohort of male US health professionals. Circulation. 2013;128(4):337–43