Vitamina D: Estará em falta?

Vitamina D: Estará em falta?

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A vitamina D desempenha várias funções cruciais no corpo humano. Uma das mais importantes é a regulação do metabolismo do cálcio e do fósforo, que é essencial para a saúde óssea, aumentando a absorção de cálcio no intestino e ajudando a manter os níveis de cálcio e fósforo no sangue normalizados. Além disso, a vitamina D é importante no desempenho do sistema imunológico, ajudando a proteger o corpo contra infeções e doenças autoimunes.


A deficiência de vitamina D é uma preocupação crescente em muitos países, incluindo Portugal. Um estudo realizado na população portuguesa indicou que uma grande parte da população tem níveis insuficientes de vitamina D, especialmente durante os meses de inverno e primavera, quando a exposição ao sol é reduzida. Também outros grupos de risco como a tonalidade da pele mais escura, excesso de peso, proveniência dos açores e idade avançada são propensos a apresentar deficiência nesta vitamina (1).


A deficiência de vitamina D também é muito comum entre atletas. O aumento do uso e o esgotamento das reservas podem ser fatores importantes que contribuem para essa alta prevalência em atletas de desportos de potência (65,4%) em comparação com atletas de desportos de endurance (32,9%). As características clínicas de atletas em risco de deficiência de vitamina D incluem mulheres atletas com ausência de menstruação, atletas de desportos que envolvem saltos e que têm histórico de fraturas por stress, atletas de desportos praticados em recintos fechados que precisam manter o peso e estudantes-atletas universitários com agendas ocupadas (2).
Esta deficiência pode prejudicar a função muscular, resultando em fraqueza muscular e diminuição da performance atlética. Além disso, a vitamina D tem um papel na recuperação muscular após o exercício, e a sua deficiência pode atrasar a recuperação e aumentar o risco de lesões (2).


Para prevenir a deficiência de vitamina D, recomenda-se uma exposição moderada ao sol, de 10 a 30 minutos por dia, várias vezes por semana, dependendo do tipo de pele e da localização geográfica. No entanto, a exposição ao sol deve ser equilibrada para evitar os
riscos associados à radiação UV, como o cancro de pele. Além da exposição solar, é importante incluir fontes alimentares de vitamina D na dieta. Alimentos como peixes gordos (salmão, sardinha), ovos e alimentos fortificados (como alguns laticínios e cereais) são boas opções. Em alguns casos, especialmente para indivíduos em risco de deficiência, a suplementação de vitamina D pode ser necessária, mas deve ser feita sob orientação médica para evitar toxicidade (3).

Marinho Ribeiro

(1) Prevalence of vitamin D deficiency and its predictors in the Portuguese population: a nationwide population-based study
(2) Vitamin D deficiency in athletes: Laboratory, clinical and field integration
(3) Serviço Nacional de Saúde. (2023). Vitamina D.